Acidente aconteceu em Cariacica, na Grande Vitória. Segundo Boletim de Ocorrência, o condutor do veículo estava em alta velocidade e apresentava sinais de embriaguez.
Uma mulher de 68 anos morreu atropelada em Cariacica, na Grande Vitória, na tarde dessa terça-feira (26). A costureira Edilia de Assis Pimenta dos Santos voltava do trabalho, quando foi atingida pelo próprio vizinho. Horas depois, a casa do motorista, que não era habilitado, foi incendiada.
Segundo testemunhas, Carlos Gomes Pedreiro, de 48 anos, apresentava sinais de embriaguez e teria se assustado com a presença de um carro da polícia. À polícia, ele disse que bebeu cerveja. Após receber atendimento médico, o motorista foi preso.
O homem entrou na rua onde atropelou a mulher em alta velocidade e na contramão, segundo o Boletim de Ocorrência (BO).
O acidente aconteceu no trevo do bairro Bela Vista. O motorista dirigia uma picape preta. A costureira chegou a receber atendimento do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), mas não resistiu e morreu no local.
Testemunhas contaram que o condutor se assustou com a presença de um carro da polícia e acelerou. O homem bateu em uma calçada, depois acelerou novamente na rua, atropelou, passou por cima da vítima e parou porque bateu em um poste.
Segundo o BO, Carlos Gomes estava em alta velocidade e na contramão. Edilia foi arrastada por alguns metros antes de cair. Após o acidente, o para-choque do veículo ficou próximo ao corpo da vítima.
A funcionária de uma barraca de cachorro-quente, Gleiciellen Cerqueira, trabalha em frente ao local do atropelamento.
“O carro veio lá de cima, sentindo Rio Marinho para Bela Vista, ele virou aqui no trevo e bateu no ferro. Quando ele bateu a polícia acionou a sirene e o motorista acelerou. A senhora estava atravessando aí ele acertou em cheio nela”, contou.
Costureira há 40 anos
A confeiteira Thaysllany Benincá, neta da vítima, contou que a avó já era aposentada mas continuava trabalhando, era costureira há mais de 40 anos. Segundo Thaysllany, o atropelador é vizinho da família.
"A minha vó estava voltando do trabalho, fazia há mais de 20 anos esse mesmo trajeto. Eu nunca vi a minha avó triste, eu nunca vi minha avó chorar. Então, é uma dor muito grande, ainda mais por um vizinho ter feito isso com ela. [...] O homem tava embriagado, minha família tá devastada", desabafou a neta.
A confeiteira falou que o acidente poderia resultar em uma situação ainda pior, pois a avó estava acompanhada de uma prima e do filho, mas a jovem conseguiu puxar o menino antes do impacto.
Thaysllany afirmou que o vizinho sempre era visto embriagado.
"Várias pessoas já tinham aconselhado ele e alertado sobre o risco de causar um acidente. Ele sempre era visto assim, não me lembro de ver ele sóbrio. [...] Ele tem que pagar pelo que ele fez com a minha avó", falou a neta.
Casa incendiada
O motorista ficou dentro da picape até ser socorrido. Carlos Gomes foi encaminhado para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE). De acordo com o BO, o homem admitiu aos policiais que bebeu cerveja.
Não foi feito teste do etilômetro, pois o homem reclamou de dores na região toráxica. Entretanto, os policiais militares fizeram o exame de constatação de alteração de capacidade psicomotora e foi contatada "dificuldade no equilíbrio, fala alterada, olhos vermelhos e odoro etílico, desordem nas vestes".
Horas depois do atropelamento, a casa do vizinho foi incendiada.
Fonte: Noroeste News