De acordo com a família, o suspeito das agressões e de ter retirado as crianças de casa é o pai dos meninos, que, há dois meses, está separado da mulher. A balconista estava internada desde o dia do crime e teve alta nesta terça-feira (5). Ela deve prestar depoimento nos próximos dias.
O nome dos envolvidos não estão sendo divulgados conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca).
A bebê foi encontrada por volta das 11h30, em uma rua deserta e encontrada pela dona de uma padaria, que acionou o Conselho Tutelar da região. Uma tia-avó da criança falou sobre a menina.
“Ela estava debaixo de chuva. Foi a dona da padaria que pegou ela, abrigou, vestiu uma roupinha quentinha e chamou o Conselho Tutelar. A gente pensou que ela estaria muito chorosa, mas está bem, deu uma emagrecida, está bem magrinha, mas está bem”, disse a familiar.
Segundo a tia-avó, a preocupação de todos agora é com o menino de 3 anos que ainda não foi localizado.
“Se ele [o suspeito] foi capaz de deixar que alguém abandonasse a filha dele na calçada, na chuva, agora a gente tá preocupado com o menino. A gente quer encontrar ele de tudo quanto é forma”, afirmou.
O local onde a menina foi encontrada fica a mais de 8 quilômetros de distância da casa da mãe, de onde ela foi retirada.
A Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado e que outros detalhes não serão repassados para não atrapalhar o andamento das investigações. Até a publicação desta reportagem, ninguém foi preso.
Informações podem ser compartilhadas de forma sigilosa por meio do disque-denúncia (181), que é uma linha de contato gratuita, disponível em todos os municípios do estado.
Relembre o caso
Um homem invadiu a casa da ex, golpeou a mulher a marretadas e fugiu com os dois filhos do casal, um menino, três anos, e uma menina, de dois, na madrugada desta sexta-feira (1º), no bairro Ulisses Guimarães, em Vila Velha, na Grande Vitória.
A mulher percorreu mais de 500 metros para buscar ajuda na casa do pai, foi encontrada na calçada, desorientada, gritando e pedindo socorro. Depois, foi encaminhada para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), onde ficou até receber alta nesta terça.
Parentes apontaram que o suspeito das agressões é o pai das crianças e que o casal estava separado há dois meses. Disseram ainda que o pai estava ficando com o menino, enquanto a mãe, com a menina.